segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Belém é o novo destino da Azul a partir de Campinas Com novo mercado, Viracopos terá voos regulares para 59 destinos nacionais e internacionais; aeroporto é o principal centro de conexões da Azul no país e o maior hub da América Latina em destinos domésticos diretos



O hub da Azul em Campinas ficará ainda mais conectado em 2019 com um novo destino direto e regular com partida do Aeroporto Internacional de Viracopos. Belém, a capital do Pará, passará a contar com uma operação diária para o interior paulista a partir de 18 de fevereiro de 2019. 

Com a adição da nova rota, a Azul amplia para 59 o número de cidades com frequências diretas desde o seu principal centro de conexões no país.

Anúncio mais recente, Belém consolida a expansão da operação da Azul em Campinas, que divulgou novos mercados de Viracopos para Buenos Aires, Bariloche e Rondonópolis, no Mato Grosso. 

Quem partir do aeroporto campineiro para a capital paraense terá conexão imediata para Marabá, Santarém e Macapá. Em Campinas, os Clientes que voarem com a Azul desde Belém terão acesso a todos os 58 outros mercados atendidos pela companhia na cidade, incluindo os voos internacionais. As operações serão cumpridas com as aeronaves modelo Airbus A320neo, que comporta até 174 passageiros.

Para o Vice-Presidente de Receitas da Azul, Abhi Shah, o novo mercado amplia as opções de conectividade dos Clientes em Campinas e consolida a estratégia de atuação da Azul na região Norte.

“Estamos trabalhando para desenvolver nossos hubs e oferecer ainda mais conectividade e conveniência a nossos Clientes. Anunciar a nova rota Campinas-Belém faz parte dessa estratégia. Com essa ação, contemplamos o Norte do país com mais um voo direto para o Sudeste, fortalecendo nosso principal centro de conexões no país e construindo uma malha robusta na capital paraense. Esse passo vai trazer ainda mais conforto e opções de destinos e horários para quem queira viajar conosco para qualquer parte do Brasil e do mundo”, ressalta Abhi.

Maior hub da Azul no Brasil, Viracopos tem números grandiosos, com, aproximadamente, 160 voos diários para quase 60 destinos diretos, sendo seis deles internacionais. Belém também se destaca na malha da companhia no Norte do país. 

São, em média, 22 voos por dia para 11 destinos diretos, incluindo Fort Lauderdale, nos Estados Unidos. Quando a Azul incluir o novo mercado Belém-Campinas, a empresa assumirá a liderança no quesito destinos oferecidos a partir da capital do Pará.

Confira, abaixo, a malha entre Campinas e Belém:

Campinas – Belém
*NOVO MERCADO: início em 18 de fevereiro de 2019*
Origem
Saída
Destino
Chegada
Frequência
Campinas
21:15
Belém
00:50
Diário
Belém
01:30
Campinas
05:10
Diário

Portugal tem a primeira mulher cientista-astronauta da NASA. A estudante Ana Pires, da Escola de Engenharia do Politécnico do Porto e investigadora do INESC TEC, já recebeu o diploma


Ana Cristina Pires, estudante do Mestrado em Engenharia e Eletrotécnica e de Computadores – Ramo de Sistemas Autónomos do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), foi uma dos 12 selecionadas entre centenas de candidaturas todo o mundo e de diferentes áreas.
A participação no curso, que contou com o apoio do ISEP e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) onde Ana Pires é investigadora, deu-se no âmbito do projeto de investigação PoSSUM – Ciência Suborbital Polar na Alta Mesosfera, explica o Politécnico do Porto (P.PORTO) numa nota enviada ao ‘Mundo Português’.
O diploma foi-lhe dado após a conclusão com êxito do curso que decorreu em Embry-Riddle Aeronautical University, na Flórida (EUA).
O objetivo do curso é preparar os candidatos para um voo espacial suborbital como cientistas e formar cientistas-astronautas ou, segundo as categorias oficiais da NASA, os intitulados ‘Mission Specialist’ ou ‘Payload Specialist’, informa ainda o P. PORTO.

A formação que Ana Cristina Pires realizou teve a duração total de um mês e meio e incluiu uma parte teórica e outra prática em aeronáutica e aeroespacial.
A investigadora portuguesa fez uma simulação de uma missão, com fato espacial, treinos em aviões de acrobacia aérea de habituação às forças G e treinos na câmara hiperbárica para se observarem efeitos de hipoxia.
“Este é o primeiro passo para continuar uma formação especializada na Indústria Espacial. Existem inúmeros cursos no âmbito deste programa e eu estou muito interessada em continuar a trabalhar e continuar a perseguir este sonho”, revela Ana Pires, citada na nota do P.PORTO.
A investigadora aponta como próximo objetivo “os cursos de operações com fatos espaciais, avaliação de microgravidade, ciências atmosféricas e geológicas e técnicas de detecção remota aplicadas à mesosfera”.
“Em termos pessoais, existem metodologias e técnicas relacionadas com a deteção remota e aquisição de imagem, que foram abordadas neste curso e que podem perfeitamente serem aplicadas nas investigações do ISEP e do INESC TEC, nas áreas das geo-tecnologias do mar, modelação e cartografia aplicada”, declara Ana Pires.
Ana Pires é formada em Engenharia Geotécnica e do Geoambiente pelo ISEP, tem um Doutoramento Europeu em Geociências pela Universidade de Aveiro (Especialidade em Recursos Geológicos e Geoamateriais). Atualmente, é bolseira de Gestão de Ciência e Tecnologia do ISEP e investigadora do CRAS, do INESC TEC.
Fonte: Mundo Português

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

"Há cerca de dez mil navios afundados em toda a costa portuguesa" Aos 48 anos, o arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro, da Universidade Nova de Lisboa, tem muitas histórias para contar. São histórias de naufrágios de naus e galeões, de descobertas inesperadas, de sustos e de lutas contra os piratas modernos: os caçadores de tesouros.




Um mergulho nos Açores. © Sara Matos/Global Imagens




Descobriu e estudou vários navios naufragados na costa portuguesa e noutros países. Como se fascinou por histórias de naufrágios?
É uma longa história, que começa com um livro. Os livros são um perigo para as mentes pueris. O meu pai tinha um livro do Círculo dos Leitores, Deuses, Túmulos e Sábios, que era uma compilação dos casos mais paradigmáticos da arqueologia, dos trabalhos do [Heinrich] Schliemann [na Grécia] até aos naufrágios do Mediterrâneo. Foi assim que fiquei fascinado pela arqueologia, a descoberta e as civilizações antigas.

Que idade tinha?
Uns 10 anos. Depois, na Escola Secundária de Carcavelos, no 10º ano, criei um clube de arqueologia. Pusemo-nos a ler os livros do professor Encarnação e do Guilherme Cardoso sobre os sítios arqueológicos do concelho de Cascais. Na altura também estava nos escuteiros e levei semanas a palmilhar o concelho à procura deles. 


Não dei com nenhum. Mas um dia, junto à escola primária da Parede, fomos a uma zona de corte onde tinha sido referenciada uma estação campaniforme e, devo confessar, andámos a pilhar o local. Levantámos, sem qualquer contexto, pontas de setas de sílex e cerâmica campaniforme, que expusemos na escola. 

Mas isto já foi depois da minha grande desilusão, porque as provas vocacionais davam tudo para ciências, e eu fui para ciências. Depois dei dois desgostos à minha mãe. O primeiro foi quando decidi não ir para a faculdade depois do 12º. 

Aos 17 anos, influenciado pelos livros do Jean Larteguy sobre centuriões e as guerras da Indochina, fui como voluntário para a Força Aérea. Fui para controlador aéreo. E depois dei o segundo desgosto à minha mãe e fui para os Açores. Quem ficava em primeiro no curso tinha direito a escolher a base. Eu fiquei em primeiro e resolvi ir para os Açores.


O jovem Alexandre Monteiro, em São Pedro do Estoril.


Porquê essa escolha?Porque tinha a paixão da caça submarina desde miúdo. Comecei aqui, em São Julião da Barra, onde há muitos naufrágios. Aliás, só muitos anos depois é que percebi que aquelas pedras por onde tinha andado a caçar sargos não eram pedras, mas canhões em ferro [risos]. 

Na ilha Terceira, como tinha tempo livre, decidi concorrer à universidade, que tinha três cursos: professores primários, educadores de infância e engenharia zootécnica, e eu escolhi o último. 

Apesar de não ter nada que ver com a minha atividade, acabou por ser muito interessante porque me deu bases de química orgânica, física e matemática. Depois fiquei a dar aulas de Biologia durante 11 anos, na Terceira. 

Enquanto lá estive, fiz o curso de mergulho e logo no primeiro mergulho a seguir ao curso encontrei três canhões de ferro. Os Açores são um ponto fulcral de naufrágios da época moderna.

Nessa altura já dava para perceber que eram canhões.
Quando um canhão de ferro fica muito tempo debaixo de água, formam-se concreções que o deformam. Naquele caso os canhões estavam reconhecíveis. E, nessa altura, eu já tinha 26, 27 anos. 

Fui bater à porta do Museu de Angra do Heroísmo, que tem uma grande coleção de artefactos militares e de canhões recuperados de anteriores intervenções que tinham sido feitas por caçadores de tesouros nos anos de 1970 e 1980. 

Tínhamos um grupo informal de seis ou sete pessoas que fazia mergulho, éramos professores, e tínhamos capacidade de intervir dentro de água. Nessa altura, por coincidência, o então secretário de Estado da Cultura, Santana Lopes, criou um decreto-lei, o famigerado 189/93, que abria a porta à concessão de partes da costa a empresas privadas para levantar naufrágios históricos, cujo valor do espólio reverteria em metade para o Estado. Era uma lei da caça ao tesouro. Isso fez-me um clique. 

Nessa altura li uma obra sobre trabalhos arqueológicos de um naufrágio histórico no Texas e então percebi a diferença entre caça ao tesouro e arqueologia. Entretanto, aquela lei estava a ser muito contestada, sob a liderança do arqueólogo Francisco Alves, então diretor do Museu Nacional de Arqueologia. Estávamos em 1994, liguei-lhe e falei-lhe dos canhões.

E qual foi a reação dele?Disse-me para ir ter com ele quando viesse a Lisboa. Vim nesse Natal, e acabei por integrar a associação de defesa do património que colaborava com o museu, e que enviou aos Açores uma série de instrutores para nos formar nas técnicas de arqueologia. 

Nessa altura comecei também a fazer uma série de investigações em arquivo para tentar descobrir quem eram as pessoas envolvidas na caça ao tesouro e para fazer um levantamento dos navios naufragados nos Açores. Foi aí que comecei o trabalho da carta arqueológica subaquática dos Açores.

Em trabalho, nos Açores.


O que descobriu sobre as atividades da caça ao tesouro?
O alvo de todas as empresas eram os Açores, porque há ali 200 navios perdidos com tesouros, que é o que interessa a estas companhias: ouro, prata, porcelana chinesa e joias. É o que conseguem vender em leilão. Como a portuguesa Arqueonauta, que mais tarde me processou.

Como é que isso aconteceu?Em 2011 fiz uma comunicação a um congresso, no Instituto de Investigação Científica Tropical, denunciando a caça ao tesouro em Moçambique, pela empresa. Em 2012, puseram-me um processo em tribunal, por difamação.
 

Eu estava nessa altura a fazer o doutoramento sobre um navio afundado na Austrália, e durante dois anos tive de parar o doutoramento, que acabou por se arrastar. Fui absolvido em primeira instância, eles apelaram, e em 2014 o Tribunal da Relação voltou a dar-me razão. Mas a minha vida esteve suspensa durante dois anos.

A caça ao tesouro é um grande problema para a arqueologia subaquática?

É. Não há nenhum navio português da época dos Descobrimentos, ou de outra, que tenha sido escavado cientificamente, a não ser os restos do Nossa Senhora dos Mártires [nau da carreira da Índia, do século XVII], aqui no Tejo, o Santo António de Tana [fragata portuguesa do século XVII], no Quénia, e eventualmente o Bom Jesus [do século XVI], na Namíbia. São três. Em contrapartida, houve dezenas de navios portugueses totalmente pilhados por caçadores de tesouros.

O navio de Esposende, do início do século XVI, é o nosso Mary Rose, aquele navio inglês da época dos Tudor, de 1547 que está em Portsmouth. Levantaram-no todo do fundo e está agora no museu.


Quando se decidiu pela arqueologia subaquática estava à espera de enfrentar situações como essa?Fui para arqueologia subaquática por causa da caça ao tesouro. Uma pulga não para um comboio mas pode fazer muita comichão ao maquinista. Foi o que nós fizemos, e foi uma grande escola. 

Em 1997, no governo de Guterres, a Lei 189/93 foi revogada e nesse mesmo ano foi criada uma lei para a arqueologia subaquática, a 164/97. 

Na sequência disso, Portugal foi um dos primeiros países a aderirem à Convenção da UNESCO para Proteção do Património Cultural Subaquático. Nessa mesma altura foi criado o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, liderado por Francisco Alves, e criada uma extensão nos Açores, e eu fui contratado como arqueólogo subaquático. 

Depois as coisas começaram a afundar-se. Quando o governo regional quis construir a marina de Angra, fizemos finca-pé para se fazer uma prospeção antes da obra, e durante campanha, que durou de seis meses, encontrámos três navios, dois deles extremamente importantes. 

Um deles, o Angra D, como lhe chamámos, de meados do século XVII, de construção nórdica e, para mim, o maior naufrágio encontrado em Portugal, e um dos maiores do mundo. Era um galeão espanhol completamente preservado. 

De acordo com a carta arqueológica, tínhamos sete a oito candidatos àquele navio, que deu à costa numa grande tempestade e se afundou a sete metros de profundidade, e a 200 metros do cais de Angra. 

Quando quiseram fazer a marina, nós propusemo-nos desviar o navio peça a peça. Fizemos um projeto, mas passou um ano de silêncio por parte do governo regional. 

Um dia vejo as máquinas a avançar pela baía de Angra, mas conseguimos que a obra fosse embargada. Tiveram de contratar uma equipa e eu coordenei parte dos trabalhos. Em três meses desmontámos dois navios históricos.

Onde estão agora?Desapareceram. Como estava contratado, desmontámos os navios e voltámos a enterrá-los a 15 metros de profundidade, para posterior acompanhamento e estudo por uma equipa de arqueologia. Mas quando a obra ficou feita, acabaram com a equipa de arqueologia. 

Os navios ficaram lá durante dez anos e o mar destruiu-os. O maior e mais bem preservado exemplar de um galeão espanhol, do século XVI, início de século XVII, foi destruído pelo mar. Em 2000 regressei a Lisboa desiludido com os Açores. Foi nessa altura que resolvi fazer a licenciatura.


A equipa de mergulhadores que fez trabalhos nos Açores.


Em Arqueologia?
Sim. Entrei na Universidade Nova de Lisboa. Tive grandes problemas, porque os professores queriam que eu estudasse cerâmica, e eu não queria. Já tinha muitos anos de estudo de naufrágios. 

Aquilo em que sou realmente bom é na luta contra a caça ao tesouro - tenho 20 anos de experiência, uma rede mundial de pessoas que me dão informações - e a fazer pesquisa em arquivos para encontrar referências a naufrágios, e depois ir à procura deles. 

Entretanto, a professora Rosa Varela Gomes convidou-me para o Instituto de Arqueologia e Paleociências da Universidade Nova, onde temos projetos internacionais com o Uruguai, Omã e os Emirados Árabes Unidos. 

Temos também uma colaboração com o arqueólogo Luís Filipe Vieira de Castro, da Universidade do Texas, que é o maior especialista em naufrágios de navios da idade ibérica.

Temos esta veleidade de revolucionar o contexto da arqueologia subaquática a partir destas bases. Fizemos uma proposta à Direção-Geral do Património Cultural para lhes fornecer o que eles não conseguem fazer, porque não têm meios materiais nem humanos.

E o que querem fazer?O inventário de todos os naufrágios em Portugal. São 20 anos do meu trabalho. Tenho uma carta potencial de naufrágios em toda a costa portuguesa, incluindo Açores e Madeira, do século XVI em diante, porque é a partir daí que começam a existir fontes. 

São cerca de dez mil naufrágios. Temos uma parceria com a Faculdade de Engenharia do Porto, que tem uns minissubmarinos operados por controlo remoto, para fazer o varrimento dos fundos, até aos 30 metros de profundidade.

Já estão a fazer isso de forma sistemática?Queremos fazê-lo, mas precisamos de ser autorizados pela DGPC. Neste momento temos um dos mais importantes naufrágios da época moderna em Portugal, que é o de Esposende. 

Pareceu-me que era um navio do início do século XVI e já verificámos que isso se confirma, porque se descobriram mais canhões que são dessa tipologia. 

Está lá praticamente todo intacto em Esposende, afundado entre os dois e 15 metros de profundidade, a cem metros da costa. E está lá tudo. Quando mergulhei encontrei o navio e fiquei fascinado. 

É como o Mary Rose, aquele navio inglês da época dos Tudor, de 1547, que está em Portsmouth. Levantaram-no todo do fundo e está agora no museu. O navio de Esposende é o nosso Mary Rose.


Houve dezenas de navios portugueses totalmente pilhados por caçadores de tesouros

A vossa ideia é levantá-lo do fundo e pô-lo num museu?A nossa ideia é fazer o levantamento do naufrágio. Quando começarmos a escavar vão aparecer muitas coisas. Já aparecem. 

Quando foi da tempestade Hércules, em 2014, o mar depositou na costa várias peças de naufrágio, em madeira, pratos em estanho, pratos em cobre gravados com figuras bíblicas e balas em pedra. 

Os achadores comunicaram o achado às arqueólogas da câmara. Os artefactos foram recolhidos e sempre que havia tempestade davam coisas à costa, então era preciso encontrar o sítio. 

Nós fizemos um projeto com a Universidade do Porto para procurar o local. A tempestade Hércules quebrou ali um equilíbrio, e o navio está a ser lentamente trazido para a costa e destruído. 

A ideia, antes que venha parar à costa, todo feito em pedaços, é ir lá estudá-lo. Fizemos o pedido de trabalhos arqueológicos. No dia em que fazia 15 dias do pedido, passados os quais teríamos a autorização tácita, veio um pedido de esclarecimentos. Enviámos resposta e depois fomos lá, fizemos o relatório, publicámos o artigo, levantámos as coisas, e passados dois anos ainda não veio a autorização.

O arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro.


Qual foi o momento do clique, quando percebeu que queria fazer arqueologia subaquática?Foi durante um mergulho, em 1998. Estava nos Açores, neste processo de tentar encontrar naufrágios na baía de Angra, onde sabia que se tinham perdido 90 navios, dos quais só sabíamos de seis, mas era uma busca inglória. Era inverno, éramos três pessoas com um barquinho. 

No verão anterior tínhamos feito uma tentativa com um navio equipado com instrumentos de prospeção magnética, mas, por causa da natureza vulcânica dos Açores, aquilo era um pouco como estar a tentar ouvir uma música com auscultadores dentro de uma discoteca. 

Não encontrámos nada. Então pensei que podíamos tentar com um pequeno detetor de metais, que, ao contrário de um magnetómetro, anula os campos à volta e consegue detetar anomalias. 

Fizemos uns corredores debaixo de água com cordas e onde apitava largávamos uma pequena boia submersa. Depois fomos lá escavar. Lembro-me de que passei um inverno miserável, virado de cabeça para baixo a fazer buracos na areia. 

Encontrámos bicicletas, latas de Coca-Cola, tubos de pasta de dentes e então, um dia, depois de centenas de buracos sem encontrar nada, demos com umas pequenas ripas de madeira. Fui escavando e, de repente, encontrei a estrutura de um barco. Foi o meu primeiro barco e o primeiro momento de uma sensação de epifania. Era o tal Angra D.

Já apanhou algum susto a mergulhar?Sim, no ano passado. Ia morrendo num mergulho em Esposende. O mar estava muito mau. O barco deixou-nos do lado de fora da rebentação e assim que me meti dentro de água, que não tinha nenhuma visibilidade nesse dia, devia ter voltado para trás. Mas não voltei. 

O ar da garrafa devia estar cheio de dióxido de carbono e fiquei meio incapacitado. Estava sozinho. Andei um bocado enrolado nas ondas, passei para o lado de lá da rebentação e, quando já estava completamente em hiperventilação, tentei regressar. 

Tive de tirar a garrafa e largar o cinto de chumbos, mas comecei a ficar sem atividades motoras. Então vi um dos achadores que estava a seguir-nos na praia e chamei-o. Foi ele que me levantou. Eu estava com água pela cintura, mas não me conseguia levantar, sem a ajuda dele teria morrido na praia.


Qual é o projeto mais 
importante que tem agora entre mãos?É o do Centro de Arqueologia Náutica do Alentejo Litoral, que criámos há pouco em Alcácer do Sal. A câmara cedeu-nos uma antiga escola primária e estamos com um projeto de orçamento participativo a nível nacional. Quem tiver mais votos tem 300 mil euros para gastar. 

Com isso, queremos equipar o centro com material e contratar dois jovens arqueólogos. Os bombeiros cederam-nos beliches, temos frigorífico, fogão e micro-ondas. Queríamos ter lá uma equipa a fazer o levantamento todo do Sado. 

Que saibamos, só há ali um navio, de 1899. Mas tem de haver naufrágios no Sado, porque ele era a única estrada para Évora e o Torrão, antes do caminho-de-ferro. 

Quando a equipa de arqueologia da Câmara de Alcácer escava junto ao rio, encontra ídolos da Idade do Ferro, escaravelhos egípcios, vasos gregos, cerâmica fenícia. 

Nunca ninguém fez arqueologia fluvial em Portugal, e nós queremos fazer isso no Sado, mas sabemos que será um mergulho altamente complicado. 

A visibilidade é zero, não fazemos ideia de como é o fundo do rio, já nos disseram que é areia. Nós já usámos uns minissubmarinos no rio para fazer testes operacionais e já encontrámos coisas interessantes. 

O que queremos fazer ali é envolver as populações, devolvendo-lhes o gosto pela história e pelo seu património. São trabalhos de formiguinha em que muitas vezes temos de ter a paciência para explicar às pessoas o que é óbvio. 

Temos de ter tempo de explicar às pessoas o que estamos a fazer, e muitas vezes mostrar o que encontrámos. Se não explicarmos às pessoas, elas depois não apoiam a arqueologia. Ao contrário dos mecânicos e dos médicos, ninguém precisa de um arqueólogo. As pessoas só apoiam a arqueologia se se sentirem envolvidas.

Fonte: DN

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Parque Nacional do Iguaçu bate novo record em novembro de visitas de turistas estrangeiros


O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, superou o seu recorde histórico de visitação de estrangeiros, desde que teve início o modelo público-privado (em 1999). O número bateu o pico no dia 18 e foi comemorado com alegria por todo o trade turístico. Em 2018, foram 846.223 turistas internacionais no parque.

Os países com a maior quantidade de visitação foram Argentina, Paraguai, França, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Inglaterra, China e Peru. Segundo dados da assessoria do parque, a quantidade de visitantes deste ano superou em 8% o número de 2017.

Para a presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Teté Bezerra, os parques nacionais reforçam o potencial global do Brasil como destino turístico. “Acredito que os contratos de concessão permitem que o turista tenha maior qualidade de serviços. Isso demonstra que o Brasil pode ir muito além do turismo de Sol e Praia e que tem a natureza como sua maior riqueza. Trata-se de um posicionamento mundial fundamental, pois somos a nação com maior potencial do mundo em atrativos naturais para o setor”.

As Cataratas do Iguaçu são uma das 7 maravilhas da natureza (em 3º lugar) e um dos cartões postais mais famosos do Brasil. Com 275 quedas, possui o título de maior queda d’água em volume do mundo.

Localizadas dentro na fronteira entre Brasil e Argentina (nas cidades de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú), o parque tem uma estrutura qualificada para receber turistas, com centro de visitantes, estacionamento, hotel, restaurante, ônibus internos, passeios adicionais, lojas de lembranças, praça de alimentação e trilha de caminhada para acesso às quedas.

Europeus
A França ficou em 3º lugar na emissão de turistas, isso mostra que o continente europeu está cada vez mais descobrindo as belezas naturais brasileiras.

“As pessoas querem boas experiências. E, aqui, no Parque Nacional do Iguaçu, elas têm oportunidade de contato com a natureza, com serviços de excelência em um trabalho conjunto de referência do governo com a iniciativa privada”, disse o chefe substituto do parque, Fernando Sivelli.

Dica
Foz do Iguaçu é um destino que pode ser visitado o ano inteiro. Entre outubro e março, chove um pouco mais e a temperatura máxima fica em média nos 30°C. O mês mais chuvoso, historicamente, é outubro. Os mais quentes: dezembro, janeiro e fevereiro.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Lancaster prepara Réveillon para quem quer celebrar virada em Curitiba. No último dia do ano, hotel promove uma noite inesquecível, com ceia especial e show ao vivo



Excelente opção para quem quer passar o Réveillon em Curitiba, o Hotel Lancaster promove uma festa mais que especial na noite da virada. A opção é perfeita para quem não quer se preocupar com ceia e quer apenas se divertir ao lado das pessoas que ama.

A festa acontece no espaço gastronômico do hotel, o Restaurante Manhattan, com animação comandada pela cantora curitibana Lidia Brandão, que cantará sucessos da MPB, música pop e samba, acompanhada por Cris Julian ao violão e Tiago Brandão na bateria. Os convites custam R$ 190,00 por pessoa, com direito a taça de espumante (taxas inclusas) e as reservas podem ser feitas pelo telefone 3165-8904.

Além dos pratos principais, o cardápio da virada contará com entradas frias, saladas, acompanhamentos, sobremesa e mesas de frutas. Há opções como Salada Caprese, Lombo regado ao molho de cereja, brusquetas, salada de grão de bico e atum, batata gratinada, sorvetone, entre outras delícias.


Serviço
Hotel Lancaster
Rua Voluntários da Pátria, 91, Centro – Curitiba (PR)
Telefone (41) 3301-8953

Grupo TX leva DNA da inovação para novo endereço



Desde sua fundação em 1999, o Grupo TX inova na prestação de consultoria e no desenvolvimento de soluções, produtos e serviços especializados para a melhoria da gestão de recursos movimentados no mercado de viagens e eventos corporativos. Seu foco é transformar dados em informações, assegurando redução de custos, ganhos de agilidade e produtividade aos clientes.
Com know-why e know-how acumulados por quase duas décadas, o Grupo TX investe cada vez mais em tecnologia da informação e desenvolve soluções digitais abrangentes, capazes de padronizar processos com eficiência e eficácia no controle de despesas realizadas por diversos meios de pagamento.
O novo endereço do Grupo TX fica localizado à Rua do Bosque, 1589 – Ed. Capitolium - 16o andar- Barra Funda, São Paulo. CEP: 01136-001. www.grupotx.com.br

Barra Grande, no Piauí, é ponto de encontro para iniciantes e campeões de Kitesurf. O charme do lugar cativa brasileiros e estrangeiros que valorizam o turismo sustentável



A BGKite School, localizada à beira-mar, no litoral piauiense é o point de velejo preferido e mais procurado da atualidade no país. Conta com instrutores e instrutoras bilíngues, além da mão de obra nativa credenciada pela Associação Brasileira de Kitesurf.
Para Eduardo Fernandes, presidente da ABK e praticante do esporte há mais de 20 anos, Barra Grande é um local incrível, mágico, onde a BGK desenvolve um projeto que sabe como manter o ambiente natural do lugar e, ao mesmo tempo, proporcionar conforto, opções de gastronomia e aconchego aos visitantes. “É, com certeza, o melhor ponto de encontro. O atendimento é incrível”, destaca. A infraestrutura instalada inclui compressor de ar; área com sombra para os kitsurfistas; aluguel de kites, caiaques, pranchas de stand up paddle e diversos acessórios para velejadores iniciantes e atletas experientes na prática dos esportes.
Marcelo Gervini, vice-presidente e diretor técnico da ABK, recomenda o destino e ressalta a importância ali dedicada à pratica do esporte com segurança. “Saber navegar e fazer a leitura e gerenciamento das situações devem ser as primeiras etapas para quem se aventura no esporte. A segurança otimiza a performance do velejador iniciante e atletas experientes”, afirma.
O bicampeão brasileiro de Big Air, Heliardi Cabrinha, sempre que presente, apresenta um show de saltos e manobras nas alturas. A presença dos ventos alísios favorece a todos os praticantes do esporte. 
De acordo com Fernandes, o kitesurf é a grande pérola dessa região, adequada para a prática de todos os tipos de downwinds (a favor do vento). “Barra Grande é um lugar mágico, com condições perfeitas para o kite o ano todo”, conclui o presidente da ABK.
Marcos Vinícius, presidente da Associação Piauiense de Kitesurf, comemora o fato da região ser um dos lugares mais procurados do mundo para a prática do esporte. 
“Em consequência disso, aumenta o poder de renda e a qualidade de vida da nossa comunidade em Barra Grande, antes sem grandes oportunidades. Aqui, o desenvolvimento do turismo, que não é de massa, mas capa de atrair pessoas que curtem e respeitam a riqueza natural do lugar – área de proteção ambiental (APA)”, define Vinícuis, que conclui: “Fomentar essa educação, que aproveita as belezas rústicas da terra, cria o charme que as pessoas procuram e encontram quando nos visitam”.
Carlos Mário Monteiro da Silva, mais conhecido como Bebê, nascido em Lagoa do Cauípe – Caucaia, no Ceará, atual tetracampeão mundial de kite na modalidade freestyle. Em recente entrevista (LKB) declarou que no Brasil são três os “picos que mais curte”. Além da Lagoa do Cauípe, Taíba, da Barra Grande (PI) e Jericoacoara (CE) – destinos localizado próximos, cerca de 180 km e acessíveis por estrada asfaltada em apenas 2h30m.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Duas novas pontes, financiadas por Itaipu binacional, fortalecendo as ligações entre o Brasil e o Paraguai.Assista o vídeo.



A construção de duas novas pontes ligando o Brasil e o Paraguai vai fortalecer o processo de integração regional, melhorar a infraestrutura para o escoamento da produção agrícola e industrial, intensificar o comércio exterior e contribuir para o combate ao crime organizado. 


Pela Ponte Internacional da Amizade, 
inaugurada em 1965 –, que hoje está com capacidade no limite por dia -, passam aproximadamente 1.600 caminhões. 

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Marcos Stamm, trata-se de obras estruturantes, que vão beneficiar não apenas a região, mas os dois países e todo o continente. “Vai facilitar o comércio e a segurança na região de fronteira”, reforçou.

Como vai ser
A declaração presidencial conjunta prevê a construção de duas pontes, uma delas sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu (PR) e Presidente Franco, cidade vizinha a Ciudad del Este. A outra obra será no Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e o município paraguaio Carmelo Peralta.

A ponte que vai ligar Foz a Presidente Franco já foi licitada e a obra contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), em 2014, mas o projeto não teve continuidade. Agora, será retomado com recursos de Itaipu.

A obra tem custo previsto de R$ 302,5 milhões (considerando obras da estrutura e desapropriações), além de R$ 104 milhões para a construção de uma perimetral no lado brasileiro. A ponte será do tipo estaiada, com duas torres de sustentação de 120 metros de altura. 

O projeto prevê pista simples, com 3,70 metros de largura, com acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro. A extensão é de 760 metros, com vão livre de 470 metros. A estimativa é que as obras sejam concluídas em até três anos.

Já a perimetral terá 15 quilômetros e vai ligar a BR-277 à aduana da Argentina e à nova ponte. O valor de R$ 104 milhões contempla os custos do projeto, desapropriações, construção de quatro viadutos e duas aduanas (uma na cabeceira da nova ponte e outra na fronteira com a Argentina). Essa obra já foi licitada pelo Dnit, mas o resultado ainda não foi homologado.

O diretor de Coordenação de Itaipu, Newton Kaminski, disse que a expectativa é que as obras, tanto da nova ponte como da perimetral, comecem já em março de 2019 – tempo para que o Dnit conclua a licitação das obras complementares e faça a sub-rogação dos contratos para Itaipu. O prazo  previsto de conclusão é de 36 meses (para a ponte) e 24 meses (perimetral).

Com a nova ligação Foz-Presidente Franco, a Ponte Internacional da Amizade ficará exclusiva para veículos leves e ônibus de turismo. Essa ponte é hoje o principal corredor econômico entre o Brasil e o Paraguai e ajudou a transformar o município paraguaio na terceira maior zona franca do mundo. A estrutura também é considerada uma das principais portas de entrada do contrabando no País.

O acordo entre os dois países define que a margem paraguaia de Itaipu vai arcar com os custos de construção da ponte no Mato Grosso do Sul e a margem brasileira entrará com recursos para a ponte em Foz do Iguaçu. A expectativa é que a ponte no Rio Paraguai tenha as mesmas características e os mesmos custos das obras que serão realizadas no Rio Paraná.


Sem impacto na tarifa
A construção das pontes com recursos de Itaipu Binacional foi autorizada por parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), assinado no dia 17 de dezembro. Segundo a AGU, “as duas obras fazem parte de acordos internacionais celebrados entre os dois países, mas ainda não foram realizadas em razão de restrições orçamentárias”.
As obras não devem onerar o custo da energia comercializada pela hidrelétrica binacional, pois a tarifa de Itaipu está congelada em dólar e não há previsão de reajuste.Assista o vídeo:
https://youtu.be/ewxArC4jbtM

Sonho antigo
Brasil e Paraguai estão conectados pela história, pelo povo, por um rio, por uma usina. A Ponte Internacional da Amizade foi inaugurada em 1965. A assinatura do tratado ocorreu em 1973. E a usina de Itaipu passou a gerar energia em 1984. De lá para cá, passou a bater sucessivos recordes.

Em novembro, a geração ultrapassou os 9 milhões de megawatts – o melhor mês de toda a história da empresa. No acumulado, a produção soma 2,6 bilhões de MWh em quase 35 anos de operação. A construção da segunda ponte entre os dois países é um sonho de décadas e que tem sido articulada entre os dois governos desde 1992. Hoje, as filas na Ponte da Amizade causam transtorno a trabalhadores e turistas que cruzam a fronteira de carro, moto, caminhão, ônibus ou até mesmo a pé.

São mais de 39 mil pessoas por dia. Os caminhões parados sobre a ponte e a BR-277 é um gargalo ainda para o comércio aduaneiro entre os dois países. A partir do entendimento dos dois países, a Itaipu virou a protagonista desse grande projeto. Isso porque empresa tem a missão de gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai. E uma das formas de uma
das formas de cumprir a missão é investir em projetos estruturantes.

A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2017, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 86,4% do Paraguai.

Um exemplo para o Brasil de que o Turismo é o setor potencial de geração de emprega e receita. Foz do Iguaçu é a quarta cidade em geração de empregos no Paraná, liderado pelo turismo, responde por 70% dos empregos gerados no acumulado dos 12 meses.



Foz do Iguaçu termina mais um mês com saldo positivo na geração de empregos formais em 2018. A cidade é a quarta na abertura de vagas com carteira assinada no Paraná. É o que apontam os dados da pesquisa mensal do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho.

Em novembro, foram contratadas 2.578 pessoas e ocorreram 2.030 desligamentos, resultando num saldo positivo de 548 empregos. Com esse desempenho, a cidade foi a que mais contratou na região Oeste e Sudoeste. 

A capital Curitiba  lidera na geração de emprego em novembro com saldo positivo de 2.287, em seguida aparece Maringá (589) e Ponta Grossa (566).

"Podemos afirmar, pelos dados do Caged, que a economia iguaçuense está em franco crescimento, o que demonstra a retomada da confiança dos empresários e novos investidores na cidade”, avalia o prefeito Chico Brasileiro

“A expectativa é que haja um boom na construção civil com as obras municipais e dos governos estadual e federal no próximo ano, além da instação de novas empresas no Distrito Industrial”, acrescentou Brasileiro.

Acumulado
Já no acumulado dos últimos 12 meses, Foz do Iguaçu teve um saldo positivo de 2.624 empregos com carteira assinada. No período, foram contratadas 28.281 mil pessoas e ocorreram 25.657 desligamentos. 

O município superou outras grandes cidades como Cascavel, Londrina e Ponta Grossa. Curitiba se mantém na primeira posição com 13.758 postos de trabalho gerados no acumulado dos doze meses, São José dos Pinhais, pólo industrial do Paraná, vem logo atrás com 3.410 e na terceira posição Maringá com saldo positivo 2.878 vagas. 

“Fechar o ano na frente de cidades maiores, como Londrina, Ponta Grossa e Cascavel, é uma demonstração do potencial de crescimento da economia de Foz do Iguaçu. Indica que a nossa agenda de desenvolvimento pode gerar resultados ainda melhores nos próximos anos. Estamos confiantes!”, afirma o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla. 


Turismo 
Em novembro, de acordo com o Caged, o setor de serviços, liderado pelo turismo, foi responsável por 59% do saldo positivo de contratações, com 325 postos de trabalho. Os setores do comércio, com saldo positivo de 161 vagas, da indústria, com 40 e da construção civil com 16 vêm a seguir.

No acumulado de 12 meses, o setor de serviços admitiu 15.245 trabalhadores e desligou 13.444 profissionais, gerando um saldo positivo de 1.801 vagas. 

“O Caged mostra uma evolução positiva do setor de serviços, impulsionado pelo turismo, que responde por 70% dos empregos gerados no acumulado em 12 meses”, avalia Piolla.

Fotos: Christian Rizzi

  

Lençóis Maranhenses, realmente um espetáculo da natureza, e Alter do Chão, praia paraense de água doce, foram considerados lugares a serem visitados em 2019



Os Lençóis Maranhenses - foto acima - (MA) ganharam o 4º lugar, seguido de Alter do Chão (PA) em 8º e Ceará em 10º, além de outras três localidades brasileiras incluídas na lista: Jalapão (TO) em 12º lugar, Capitólio (MG) em 18º e Guararema (SP) em 21º. 

Ao todo, 32 jurados – entre blogueiros, colunistas do caderno de turismo do Estado de São Paulo, influenciadores, artistas, empresários do turismo e outros viajantes – analisaram e avaliaram esses locais e vários fatores para chegarem aos 10 melhores locais para se conhecer em 2019 no Brasil.


Apelidada de Caribe Amazônico, a praia Alter do Chão - foto acima - foi eleita a melhor praia brasileira pelo jornal inglês The Guardian. A vila está localizada próxima ao município de Santarém e é cercada pelas águas doces do Rio Tapajós. O melhor período para visita é entre agosto e dezembro.
  
Para chegar à lista final, a equipe do Estadão fez uma pesquisa de tendências nacionais e internacionais que tiveram como base: aviação e hotelaria, inaugurações, variação cambial, segurança, grandes eventos prévios (caso da Rússia, que acabou ficando de fora da lista final) ou futuros (como a Olimpíada no Japão).

Sul-americano em 1º
O Peru foi o grande vencedor, isolado na liderança. Seguido pela Croácia e pela cidade do Porto, em Portugal. Japão, Islândia, Sudeste Asiático e Egito também entraram na lista dos 10 melhores lugares para se conhecer em 2019.