domingo, 26 de fevereiro de 2017

O Brasil voltou a realizar o Carnaval de Rua. Por todo o País a cada ano cresce o número de blocos em cidades que contavam com pequenos grupos que brincavam ao Carnaval timidamente. Belo Horizonte registra já este ano números expressivos de blocos, seguidos por muitos milhares de foliões e Diamantina que tinha apenas quatro blocos em 2016, este ano conta com 28. O carnaval popular, de rua, cresce pelo Brasil. Divinópolis instala uma cruz de 74 m para cativar turismo religioso. Cruzes semelhantes existem no México e e no Líbano


Coluna 

Minas Turismo Gerais 

Jornalista Sérgio Moreira


Carnavais tradicionais 

do interior de Minas 


Os carnavais tradicionais das cidades históricas mineiras estão apreendendo a fazer a folia, acreditem, com Belo Horizonte, que acaba de entrar no circuito nacional da festa popular mais pujante do País. 

Se BH há cinco anos não tinha nenhuma programação relevante, hoje, a cidade já figura entre as que mais vão receber turistas nessa época do ano.

Alguns carnavais do interior de Minas que eram abastecidos por belo-horizontinos perderam muito público. 

Alguns se inviabilizaram e nem terão edições em 2017. Carnavais, que eram musculosos há dois anos, minguaram.

Diamantina já está virando o jogo. Um dos carnavais mais tradicionais do Brasil está seguindo os passos de BH e reinventando sua programação. 




O velho formato acabou. O espanto foi geral: como é possível um carnaval em Diamantina sem Bartucada e Bat-Caverna? 

É sim. A velha forma estava já desgastada, já demandava mudanças. E chegou o momento. 

O carnaval da terra de JK que tinha oito blocos em 2016, neste ano terá 20 blocos a mais, totalizando 28.

A proposta é resgatar velhas atrações que saíram de cena nos últimos anos, como o Becudos do Mota e, se é pra renovar, uma nova geração de bandas e blocos vão animar a folia momesca na cidade, tradicionalmente reduto de estudantes. 




A locação de casas e a chegada de turistas ainda é uma realidade. E o carnaval de Diamantina estará entre os primeiros do Estado.

Sobre a dupla Bartucada e Bat-Caverna, a organização já planeja todo um esforço para contornar a crise financeira do País, atrair patrocinadores e viabilizar a volta de ambas em 2018.

E os blocos também têm uma vantagem. Qualquer reles mortal pode participar de maneira mais íntima, sendo membro da bateria por exemplo. 


Não há ingressos. Preço justo da cerveja. Vários perfis e estilos dos blocos, com axé, rock, sertanejo ou samba também faz parte do rol de vantagens.

https://www.facebook.com/carnavalemdiamantina/

http://diamantina.mg.gov.br/noticias/carnaval-de-tradicoes-e-com-responsabilidade/


Carnaval de tradições
Com clima familiar e de resgate das tradições carnavalescas, Diamantina vai reunir sua comunidade e atrair turistas entre os dias 24 e 28 de fevereiro com uma programação para todas as idades e gostos. 


Vários espaços foram pensados para que o diamantinense e o turista se sintam em casa e se divirtam durante o carnaval.

O já tradicional “Espaço do Samba”, na Rua da Quitanda, promete ser o mais agitado desse carnaval não só pelas atrações ligadas ao samba de raiz, como os Grupos Sambeco e Grupo Samba de Uma Moça Só, mas também pela tradicional ocupação que os diamantinenses e visitantes já fazem desse espaço, cuja encantadora paisagem arquitetônica é cenário concorridíssimo também pelas Vesperatas que ocorrem de abril a outubro na cidade.

Outro destaque é o “Espaço da Folia” que terá como palco a Praça Niemeyer. Essa é uma proposta inovadora da administração municipal que visa promover a revitalização e o uso público de uma área bem no coração de Diamantina e que era, historicamente, degradada e abandonada. 


A ideia é de que toda a família encontre espaço para se divertir nesse local e para isso foi elaborada uma programação musical variada e de qualidade.

A casa do Becudus do Motta se transformará no “Espaço do Motta”, dando sentido à expressão popular de que “o bom filho à casa torna”. 

O Becudus, tradicional banda de música que ditava o ritmo da folia dos antigos carnavais, dividirá o palco com outros artistas locais que se apresentarão para um público cativo e nostálgico dos movimentos boêmios e carnavalescos iniciados no Beco do Motta e no Beco do Alecrim, na década de 70.

Na Praça de Esportes será promovido o “Espaço da Criança”, apresentando um carnaval diferenciado, lúdico, com brinquedos e brincadeiras para a criançada colocar a fantasia e cair na folia, com diversão e segurança garantidas!

O “Espaço do Mercado Velho” reinará repensado e absoluto na Praça Barão de Guaicuí. 


Diamantinenses e turistas encontrarão lá variada oferta de alimentação e atrações que reafirmam a musicalidade de Diamantina no Carnaval. 

Artistas locais, bandas de música da cidade e dos distritos, apresentação de músicos reformados da centenária Banda da Polícia Militar e o corredor do Circuito Cultural dos Blocos completam a folia no local. 

Ainda neste espaço haverá uma programação feita exclusivamente para a melhor idade (terceira Idade)!

A atual administração tinha, a princípio, a intenção de manter o palco na Praça do Mercado que abrigaria as tradicionais Batucadas, além de outras bandas da programação, ceder parte do espaço para uma empresa que ficaria responsável por organizar a folia, vender abadás e, no final, repassar o lucro para as bandas, mas isso não foi aceito pelos representantes da Bartucada e Batcaverna. 

Segundo o prefeito, “era a proposta que a gente tinha, mas eles não aceitaram. Estamos em crise e não temos verba para bancar o que as bandas pediram”. 

Finaliza afirmando que “reconhece a importância das duas bandas e que a remuneração faz parte do trabalho, mas a administração partiu para um planejamento viável”.

Além dos já citados espaços organizados, haverá o “Circuito Cultural dos Blocos”, certamente a aposta da atual Administração como maior inovação e atração do Carnaval de Diamantina!

Identificando a demanda espontânea da comunidade pela criação de novos blocos (movimento que ocorre também em outras cidades mineiras), a SECTUR – Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio Histórico de Diamantina – promoveu o cadastro de novos blocos de forma presencial e online. 


Os novos blocos potencializarão a oferta que os blocos tradicionais já trazem e permitirão a participação de outros setores e perfis da comunidade, como crianças, universitários, grupos folclóricos e representações dos distritos.

O Circuito dos Blocos de Carnaval quer retomar a participação de blocos tradicionais como “As Domésticas Aposentadas”, “Bloco Rato Seco”, “Palhassada”, “Peninhas” e outros que deixaram de participar da festividade, além de potencializar os que aí já estão como “Sapo Seco”, “Me Ampara Senão eu Caio”, “Xai Xai”, “Xica da Silva”, dentre outros.

Outra novidade é que os aquecimentos dos blocos também passarão a figurar na agenda do Carnaval, não só como momento de ensaio e divulgação das programações, mas também como estratégia de captação de recursos para financiar os próprios blocos e, claro, para atrair os diamantinenses e turistas para a festa momesca.

Para fomentar a participação do público, a SECTUR busca trabalhar também na formatação e na comunicação dos produtos dos blocos caricatos: local de concentração, venda de ingressos, camisas, fantasias, as formas de participação nas concentrações e nos circuitos dos blocos.

Segundo a Secretária Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio Histórico, Márcia Betânia de Oliveira Horta, “o objetivo é destacar o que elevou o nosso carnaval ao status de “Melhor Carnaval de Rua do Brasil: a tradição".


Buscamos promover um carnaval cultural, mais familiar, resgatando a tradição que se renova ao longo dos anos. Queremos respeitar a diversidade para que todos tenham espaço na folia”.

Para o prefeito Juscelino Brasiliano Roque, o modelo da festa é um processo em evolução que tende a se fortalecer com o tempo, valorizando, sobretudo, nossa gente e seus costumes. 


Afirma que, com maior tempo de planejamento, a tendência é fortalecer e melhor organizar o evento, uma vez que a atual gestão teve que pensar o carnaval com apenas um mês, não tendo recebido nada organizado. 

Ressalta, ainda, que, em função de dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios, o que em Diamantina não é diferente, o carnaval será tratado com responsabilidade para que os próximos anos de mandato não paguem um preço alto por se fazer agora algo além das possibilidades orçamentárias, contudo, a expectativa em relação ao turismo é positiva, especialmente por tratar Diamantina de uma cidade tão rica em tradições. 

Destaca ainda que, tempo de crise, como a própria palavra traz, é tempo também de “CRIE”, é oportunidade de usar a criatividade e, segundo ele, isto é o que não falta aos diamantinenses, e que, no caso do carnaval, é oportunidade de as relações culturais e sociais se oxigenarem. 

E finaliza: “Diamantina é uma das poucas cidades que consegue realizar uma grande festa somente com seus produtos, frutos de sua arte centenária”.

“Cruz de Todos os Povos” de 74 metros



Simbolizando a santíssima trindade, o “Espírito Santo” estará representado em terras mineiras por uma cruz de 74 metros de altura que deverá ser instalada no Morro do Gurita, no bairro Santo Antônio dos Campos (Ermida), em um terreno de 10 mil m². 

Segundo informações da Diocese, o Líbano e o México já possuem duas torres das mesmas dimensões representando o “Pai” e o “Filho”, respectivamente. 

O projeto é considerado fundamental para alavancar o setor e impulsionará grandemente o turismo religioso e de negócios no município. 

Divinópolis e Minas Gerais serão projetadas para o mundo todo, motivados pela fé, em conquistar os peregrinos e atrair os fiéis para o Estado.
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