domingo, 12 de junho de 2016

A SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL É UM DOS MAIS GRAVES PROBLEMAS A SEREM RESOLVIDOS PELO PODER PÚBLICO. OS PROBLEMAS SÃO SEMELHANTES INDEPENDENTE DO TAMANHO DAS CIDADES E NINGUÉM TOMA ATITUDE NENHUMA. NO RIO DE JANEIRO, O QUADRO DA INSEGURANÇA É MUITO GRAVE E, NEM MESMO COM A OLIMPÍADA À PORTA, O GOVERNO FAZ DE CONTA QUE ESTÁ TUDO BEM, APESAR DOS TIROTEIOS CONSTANTES ENTRE AS QUADRILHAS DE TRAFICANTES E A POLÍCIA. A ESPERANÇA É QUE, NO PERÍODO DOS JOGOS OLÍMPICOS, AS FORÇAS ARMADAS VOLTEM ÀS RUAS


A segurança pública é um problema que assola não apenas o Brasil, mas deixa marcas invasivas em diversos países da América Latina e Estados Unidos e toma aspectos gravíssimos na Venezuela, país onde o índice de homicídios chega a 119,87 por 100 mil habitantes, na capital Caracas. 

O ranking das 50 cidades mais violentas no continente americano aponta 11 cidades de oito países na frente de Fortaleza que surge no Brasil como a mais violenta.

O assassinato em massa na boite de Orlando, nesta madrugada, mostra bem o nível de loucura que se vive nos Estados Unidos, onde o acesso a armas de guerra é tão simples quando entrar numa loja e comprar uma camisa. O resultado da ação de um homofóbico, fã do assassino estado islâmico, foram 50 mortos e 53 feridos.


As cidades brasileiras mostram um nível de periculosidade mais baixo do que o índice muito elevado de diversas cidades venezuelanas e ainda de Honduras, Colômbia, África do Sul, México, El Salvador e Estados Unidos - que apontam o Brasil como um país violento. 

Natal e Salvador e sua Região Metropolitana surgem como as seguintes mais violentas, antes de St. Louis, nos Estados Unidos, mas logo aparece a capital paraibana, João Pessoa. 

O Rio de Janeiro não aparece no ranking as 50 cidades mais perigosas do continente, apesar de a cidade vir registrando constantes tiroteios entre quadrilhas de traficantes e entre estas e a polícia, que raramente não deixam vítimas e é comum restarem desses confrontos vítimas de balas perdidas, muitas vezes crianças.

Essa situação de absoluta insegurança que se vive no Brasil se espalhou pelas pequenas cidades, invadidas por quadrilhas que estouram a dinamite os bancos sem o receio de ser interpelados pela polícia, sem a menor condição de reagir, pelo ínfimo efetivo e o armamento precário ao dispor e os ladrões saem dessas investidas com muitos milhares de reais para investir em mais ações criminosas.

As grandes cidades possuem efetivos policiais incompatíveis com as suas realidades demográficas. Normas de segurança internacionais estabelecem para um policiamento eficiente a existência de um policial para cada grupo de 120 habitantes.

No Rio de Janeiro, por exemplo, esse índice é de um pm para cada grupo de quase 400 pessoas, com a agravante geográfica da cidade com seus morros, onde as quadrilhas de traficantes, muito bem armadas, com equipamento de guerra, têm seus quartéis-generais.

Na maioria das cidades, capitais ou não, o número de policiais por habitante é ainda maior, como em Fortaleza, onde essa relação é ainda maior: 1 pm por mais de 500 habitantes, o que justifica o alto índice de assaltos e mortes que chegam a 60,77 por cada 100 mil habitantes.

Estados com dificuldades financeiras e despreparo das polícias, aliados ao descaso dos governos federais com a segurança pública não poderiam resultar em outra coisa que não a insegurança pública, o medo da população campeando por todo o Brasil. 

E é nesse quadro de confrontos entre quadrilhas e polícia e de assaltos pela cidade que dentro de pouco mais de um mês acontecerá, no Rio de Janeiro, a Olimpíada que levará à Cidade Maravilhosa milhares de turistas.


A esperança é que durante os jogos olímpicos as Forças Armadas voltem às ruas para fortalecer o policiamento, nas áreas próximas às disputas esportivas. Mas será que nos morros as R-15 da bandidagem deixarão de troar pelos ares? Esperamos que sim.

O ranking das cidades mais perigosas:
1° – Caracas (Venezuela) – 119.87 homicídios/100 mil habitantes

2° – San Pedro Sula (Honduras) – 111.03

3° – San Salvador (El Salvador) – 108.54

4° – Acapulco (México) – 104.73

5° – Maturín (Venezuela) – 86.45

6° – Distrito Central (Honduras) – 73.51

7° – Valencia (Venezuela) – 72.31

8° – Palmira (Colômbia) – 70.88

9° – Cidade do Cabo (África do Sul) – 65.53

10° – Cali (Colômbia) – 64.27

11° – Ciudad Guayana (Venezuela) – 62.33

12° – Fortaleza (Brasil) – 60.77

13° – Natal (Brasil) – 60.66

14° – Salvador e reg. metrop. (Brasil) – 60.63

15° – ST. Louis (Estados Unidos) – 59.23

16° – João Pessoa (Brasil) – 58.40

17° – Culiacán (México) – 56.09

18° – Maceió (Brasil) – 55.63

19° – Baltimore (Estados Unidos) – 54.98

20° – Barquisimeto (Venezuela) – 54.96

21° – São Luís (Brasil) – 53.05

22° – Cuiabá (Brasil) – 48.52

23° – Manaus (Brasil) – 47.87

24° – Cumaná (Venezuela) – 47.77

25° – Guatemala (Guatemala) – 47.17

26° – Belém (Brasil) – 45.83

27° – Feira de Santana (Brasil) – 45.50

28° – Detroit (Estados Unidos) – 43.89

29° – Goiânia/Apar. de Goiânia (BR) – 43.38

30° – Teresina (Brasil) – 42.64

31° – Vitória (Brasil) – 41.99

32° – Nova Orleães (Estados Unidos) – 41.44

33° – Kingston (Jamaica) – 41.14

34° – Gran Barcelona (Venezuela) – 40.08

35° – Tijuana (México) – 39.09

36° – Vitória da Conquista (Brasil) – 38.46

37° – Recife (Brasil) – 38.12

38° – Aracaju (Brasil) – 37.70

39° – Campos dos Goytacazes (BR) – 36.16

40° – Campina Grande (Brasil) – 36.04

41° – Durban (África do Sul) – 35.93

42° – Nelson Mandela Bay (Á.do Sul) – 35.85

43° – Porto Alegre (Brasil) – 34.73

44° – Curitiba (Brasil) – 34.71

45° – Pereira (Colômbia) – 32.58

46° – Victoria (México) – 30.50

47° – Jonasburgo (África do Sul) – 30.31

48° – Macapá (Brasil) – 30.25

49° – Maracaibo (Venezuela) – 28.85

50° – Obregón (México) – 28.29

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