quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Petrobras anuncia melhoria da 
qualidade dos combustíveis para 2012

A Petrobras investirá R$ 8,26 bilhões em 2012 na modernização do parque de refino. É previsto crescimento de 56% na capacidade de hidrotratamento e 18% na conversão de resíduos. 

Os investimentos prevêem a melhoria da qualidade de combustíveis e aumento de margem de lucro. Em 2011, 18 novas unidades entraram em operação nas refinarias, visando à melhoria operacional, adequação ambiental das unidades, eficiência energética e flexibilização da produção de derivados. 

A partir de janeiro de 2012, a Petrobras ampliará o fornecimento do diesel S-50, com baixo teor de enxofre, para todos os estados brasileiros. O uso do diesel S-50 nos novos motores resultará na redução de, no mínimo, 80% da emissão de material particulado. Para a redução do teor de enxofre do diesel, novas unidades de hidrotratamento entrarão em operação nos próximos meses nas refinarias de Capuava (Recap), em São Paulo, Landulpho Alves (Rlam), na Bahia e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. Novas unidades destinadas a melhorar a qualidade de gasolina entram em operação nas refinarias de Capuava (Recap), Presidente Getúlio Vargas (Replan), em Paulínia e Henrique Lage (Revap), todas em São Paulo. Também serão realizadas obras para movimentação e segregação do diesel S-10, que estará disponível ao mercado em 2013.

A Petrobras atenderá plenamente o aumento da demanda de querosene de aviação decorrente da expectativa de maior oferta de voos domésticos e internacionais; da mesma forma, as vendas de asfalto crescerão para fazer frente aos investimentos de infraestrutura da malha rodoviária.

Existem perspectivas para o crescimento das vendas de bunker (óleo combustível para navios) nos portos brasileiros com destaque para a retomada das vendas no porto de São Luís.
Novos empreendimentos
Com o objetivo de garantir o compromisso de atendimento ao crescente mercado nacional de derivados, as obras das novas refinarias terão grandes avanços em 2012, com previsão de partida de diversas unidades auxiliares da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, conclusão das obras civis e estradas de acesso, aceleração das atividades de construção e montagem e início da implantação da logística externa da primeira refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), conclusão da terraplenagem da Refinaria Premium I, no Maranhão, e recebimento, cercamento do terreno e início da terraplenagem da Refinaria Premium II, no Ceará.
Logística
O primeiro navio do programa EBN, que prevê a construção de navios no Brasil por Empresas Brasileiras de Navegação e a disponibilização dos mesmos para a Petrobras em afretamentos de longo prazo, será entregue em 2012. Terão início ainda a construção de outros navios dentre os 39 já contratados.

Na Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), será concluído o lançamento de duto submarino da refinaria até um quadro de boias, sistema que suportará a entrega e expedição de derivados por via marítima.
Petroquímica
Ainda no início de 2012, começa a produção nacional de PTA (ácido tereftálico purificado) com a partida da primeira unidade do Complexo PetroquímicaSuape, em Pernambuco. O PTA é a base da cadeia de poliéster, o termoplástico que apresenta as maiores projeções de crescimento no mundo. No segundo semestre, é a vez da unidade de PET, que com uma produção de 450 mil toneladas por ano, será capaz de dobrar a oferta interna desta resina.
Plangás
Em 2012 estão previstos a conclusão da construção e entrada em operação de dois terminais de GLP (gás de cozinha) e C5+ (combustível natural utilizado pela indústria petroquímica) em Barra do Riacho (ES) e nas Ilhas Redonda e Comprida (RJ). Estes novos terminais permitirão o aumento da capacidade de escoamento de líquidos de gás natural, oriundos da crescente produção da Petrobras.
Distribuição de Juros sobre Capital Próprio
O Conselho de Administração, em reunião realizada hoje (22/12), aprovou a quarta parcela de distribuição antecipada de remuneração aos acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio, conforme previsto no artigo 9º da Lei 9.249/95 e Decretos nº 2.673/98 e 3.381/00.

O valor a ser distribuído, no montante de R$ 2,609 bilhões, correspondente a um valor bruto de R$ 0,20 por ação ordinária ou preferencial, será provisionado nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2011 e deverá ser desembolsado até o dia 30 de março de 2012, com base na posição acionária de 2 de janeiro de 2012.

Esse valor de juros sobre o capital próprio deverá ser descontado da remuneração que vier a ser distribuída no encerramento do exercício de 2011. O valor será atualizado monetariamente, de acordo com a variação da taxa Selic, desde a data do efetivo pagamento até o final do referido exercício.
Petrobras cancela processo de licitação de sondas
A Petrobras informa o cancelamento do processo de licitação para a contratação de serviços e afretamento de 21 sondas de perfuração marítima a serem construídas no Brasil.

A Companhia iniciará imediatamente a negociação com as duas proponentes, Ocean Rig do Brasil Ltda e Sete Brasil Participações S.A., tendo como objetivo a obtenção de melhores condições.
Reorganização do Portfólio de Participações Petroquímicas
A Petrobras, em cumprimento ao disposto na Instrução CVM nº 358, de 3 de janeiro de 2002, vem a público informar que o seu Conselho de Administração, em reunião realizada hoje, aprovou a proposta de reorganização do seu portfólio de participações petroquímicas, aprovando, por consequência, a cisão parcial da sociedade BRK Investimentos Petroquímicos S.A. ("BRK") com incorporação das parcelas cindidas pela Petrobras e Petrobras Química S.A. - Petroquisa ("Petroquisa"), na proporção de suas participações no capital social da BRK, bem como a proposta de incorporação de sua subsidiária integral Petroquisa, e que submeterá as referidas operações societárias à deliberação de seus acionistas, em Assembleia Geral Extraordinária a ser oportunamente convocada.

A cisão parcial da BRK, sociedade que, além da Companhia, tem como acionistas a Petroquisa e a Odebrecht Serviços e Participações S.A. ("OSP") e detém o controle direto da Braskem S.A. ("Braskem"), tem como objetivo simplificar a atual estrutura societária, reorganizar o portfólio de participações petroquímicas da Companhia e da Petroquisa, minimizando custos e favorecendo a realocação dos recursos de investimento e gerando valor para ambas as sociedades.

A Companhia e a Petroquisa irão incorporar as parcelas cindidas do patrimônio da BRK, na proporção de suas respectivas participações na BRK. Esta operação não importará em aumento de capital da Companhia ou da Petroquisa, e não implicará em impacto sobre os seus resultados ou seus investidores.

Por sua vez, a incorporação da Petroquisa pela Companhia tem como objetivo principal dar continuidade ao processo de simplificação da estrutura societária da Companhia e reorganização do seu portfólio de participações petroquímicas, uma vez que tal operação implicará na consolidação, na Companhia, da participação detida pela Petroquisa em sociedades com atuação no setor petroquímico, resultando em redução de custos de gestão, maior agilidade e alinhamento nas decisões do negócio, racionalização das atividades da Companhia e da simplificação de procedimentos internos de aprovações na realocação de seus recursos de investimento.

Por se tratar da incorporação de sua subsidiária integral, não haverá aumento de capital na Companhia e nem emissão de novas ações, não havendo relação de substituição de ações e tampouco direito de recesso. As ações representativas do capital social da Petroquisa serão extintas, promovendo-se os necessários registros contábeis na Companhia.

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral oportuna e adequadamente informados a respeito de qualquer desenvolvimento relativo às operações de cisão parcial e incorporação.
Petrobras anuncia investimentos 
para 2012 na área de Abastecimento

A Petrobras investirá R$ 8,26 bilhões em 2012 na modernização do parque de refino. É previsto crescimento de 56% na capacidade de hidrotratamento e 18% na conversão de resíduos. Os investimentos preveem a melhoria da qualidade de combustíveis e aumento de margem de lucro. Em 2011, 18 novas unidades entraram em operação nas refinarias, visando à melhoria operacional, adequação ambiental das unidades, eficiência energética e flexibilização da produção de derivados.

A partir de janeiro de 2012, a Petrobras ampliará o fornecimento do diesel S-50, com baixo teor de enxofre, para todos os estados brasileiros. O uso do diesel S-50 nos novos motores resultará na redução de, no mínimo, 80% da emissão de material particulado. Para a redução do teor de enxofre do diesel, novas unidades de hidrotratamento entrarão em operação nos próximos meses nas refinarias de Capuava (Recap), em São Paulo, Landulpho Alves (Rlam), na Bahia e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. Novas unidades destinadas a melhorar a qualidade de gasolina entram em operação nas refinarias de Capuava (Recap), Presidente Getúlio Vargas (Replan), em Paulínia e Henrique Lage (Revap), todas em São Paulo. Também serão realizadas obras para movimentação e segregação do diesel S-10, que estará disponível ao mercado em 2013.

A Petrobras atenderá plenamente o aumento da demanda de querosene de aviação decorrente da expectativa de maior oferta de voos domésticos e internacionais; da mesma forma, as vendas de asfalto crescerão para fazer frente aos investimentos de infraestrutura da malha rodoviária.

Existem perspectivas para o crescimento das vendas de bunker (óleo combustível para navios) nos portos brasileiros com destaque para a retomada das vendas no porto de São Luís.
Novos empreendimentos
Com o objetivo de garantir o compromisso de atendimento ao crescente mercado nacional de derivados, as obras das novas refinarias terão grandes avanços em 2012, com previsão de partida de diversas unidades auxiliares da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, conclusão das obras civis e estradas de acesso, aceleração das atividades de construção e montagem e início da implantação da logística externa da primeira refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), conclusão da terraplenagem da Refinaria Premium I, no Maranhão, e recebimento, cercamento do terreno e início da terraplenagem da Refinaria Premium II, no Ceará.
Logística
O primeiro navio do programa EBN, que prevê a construção de navios no Brasil por Empresas Brasileiras de Navegação e a disponibilização dos mesmos para a Petrobras em afretamentos de longo prazo, será entregue em 2012. Terão início ainda a construção de outros navios dentre os 39 já contratados.

Na Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), será concluído o lançamento de duto submarino da refinaria até um quadro de boias, sistema que suportará a entrega e expedição de derivados por via marítima.
Petroquímica
Ainda no início de 2012, começa a produção nacional de PTA (ácido tereftálico purificado) com a partida da primeira unidade do Complexo PetroquímicaSuape, em Pernambuco. O PTA é a base da cadeia de poliéster, o termoplástico que apresenta as maiores projeções de crescimento no mundo. No segundo semestre, é a vez da unidade de PET, que com uma produção de 450 mil toneladas por ano, será capaz de dobrar a oferta interna desta resina.
Plangás
Em 2012 estão previstos a conclusão da construção e entrada em operação de dois terminais de GLP (gás de cozinha) e C5+ (combustível natural utilizado pela indústria petroquímica) em Barra do Riacho (ES) e nas Ilhas Redonda e Comprida (RJ). Estes novos terminais permitirão o aumento da capacidade de escoamento de líquidos de gás natural, oriundos da crescente produção da Petrobras.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Produção de petróleo da Petrobras no Brasil aumentou 3%, em novembro


A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil em novembro chegou a 2.423.118 barris equivalentes de óleo por dia (boed), registrando um aumento de 2,7% em relação a outubro e de 1,8% na comparação com novembro de 2010. A produção de gás natural dos campos nacionais atingiu este mês 57 milhões 621 mil metros cúbicos diários, indicando um aumento de 4,2% em relação a novembro de 2010. 

Nos campos da empresa no exterior foram produzidos 253.938 barris de petróleo equivalente (petróleo e gás). Com isso, a produção total da Petrobras em novembro chegou a 2.677.056 (boed) e foi 2,2% superior à do mesmo mês do ano passado.

No exterior, a produção de 253.938 barris (petróleo e gás) no mês de novembro, foi 5,1% superior ao apresentado em novembro de 2010, como resultado da entrada de novos poços produtores no campo de Akpo, na Nigéria, e ao aumento da produção em poços perfurados em 2011, principalmente nos campos de Rio Neuquen e El Mangrulho, na Argentina. Comparado com outubro de 2011, a produção total (petróleo e gás) sofreu redução de 1,1% por conta de manutenção nas instalações de Santa Cruz, na Argentina, e de testes de poços obrigatórios e questões operacionais em Agbami, na Nigéria.

A produção somente de petróleo no exterior, em novembro deste ano, foi de 152.769 barris por dia e apresentou um aumento de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, devido à entrada de novos poços produtores no campo de Akpo, na Nigéria. A produção de gás natural no exterior foi de 17 milhões 189 mil metros cúbicos, ficando praticamente estável na comparação com outubro deste ano.
A praia de Ipanema é reduto de gays marcado pelas bandeiras com as cores do arco íris
Rio de Janeiro é eleito destino 
gay mais sexy do mundo, pela segunda vez



A cidade do Rio de Janeiro ganhou o título de destino gay mais sexy do mundo. A eleição foi realizada pelo site TripOutGayTravel.com, em parceria com o Logo, canal da MTV americana voltado para o público LGBT. 


O Rio venceu a disputa pelo segundo ano consecutivo após superar, com 48% dos votos, as cidades de Madrid, na Espanha, Portland, no Oregon, Estados Unidos, St. Tropez, na França, Buenos Aires, na Argentina, e a capital da Suécia, Estocolmo.

As cidades candidatas foram escolhidas por um grupo de escritores e jornalistas especializados em viagens globais. Ao ser indicado, o Rio de Janeiro foi definido como a cidade onde vivem as pessoas mais sensuais. 



As praias, festas e o jeito carioca também foram destacados. Em 2009, o Rio já havia recebido o título de melhor destino gay do planeta.


A Parada do Orgulho Gay a cada ano arrasta maiores multidões pela praia de Copacabana

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Rio + 20 será tema do Réveillon 2012 
Reveillon de 2011 levou às areias de Copacabana cerca de 2 milhões de pessoas para assistir aos fogos de artifício
O Réveillon de Copacabana é o mais famoso do Brasil e também o que atrai mais turistas para acompanhar a fantástica queima de fogos durante a virada de ano. Em 2012 não será diferente.

Os organizadores da festa estão preparando um show inesquecível que deve atrair centenas de milhares de pessoas para as areias da praia mais famosa do Brasil, já que os shows e os fogos de artifício dentro do mar seduzem e encantam todos que escolhem a praia de Copacabana para passar o Réveillon.
O tema do Réveillon 2012 de Copacabana será a Rio +20, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento que será realizada na cidade em junho de 2012. 

A festa de Réveillon 2012 vai contar com estrelas internacionais como o DJ David Guetta, o samba de Beth Carvalho, a alegria de Moraes Moreira, entre outros. Os artistas estarão divididos em dois palcos. 

A queima de fogos poderá ser vista de qualquer ponto da orla da Avenida Atlântica, do Leme ao Posto Seis. Escolha seu ponto, leva os amigos e curta o maior Réveillon do planeta!

Serviço
• Palco (altura do Copacabana Palace)
20:30 - Beth Carvalho
22:00 - O Rappa
00:20 - Latino
02:00 - DJ David Guetta
 
• Palco (altura Rua Santa Clara)
19:30 - Sargento Pimenta
20:30 - Baia
22:00 - Moraes Moreira
00:20 - Blitz
02:00 - Escolas de Samba - Beija-flor e Unidos da Tijuca

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CIDADÃOS FLUMINENSES TÊM DESCONTO NO TREM DO CORCOVADO ATÉ O DIA DE NATAL


As pessoas residentes nas regiões Serrana e Centro Norte do Estado do Rio de Janeiro que vierem ao Rio de Janeiro até o dia 25, deste mês de Dezembro, têm 50% de desconto na viagem, no Trem  do Corcovado, ao Cristo Redentor. Para ganhar o desconto, basta apresentar na bilheteria um comprovante de residência e documento com fotografia.


http://www.corcovado.com.br/index_por.html

Lançamento do Cartão de Descontos da RFC

No último dia 13 de dezembro, foi lançado, em evento no Parque Lage, o Cartão de Desconto da Rio Film Commission. Tanto os produtores de audiovisuais como os prestadores de serviços já podem se inscrever no site da Rio Film Commission. O cartão valerá para produções internacionais e nacionais, estas que sejam de fora do Estado do Rio de Janeiro. 
É uma oportunidade de negócios para ambas as partes envolvidas em uma produção audiovisual, seja ela um filme longa metragem, curta, documentário ou de publicidade.
“Para o Rio Convention & Visitors Bureau, que tem uma parceria com a Rio Film Commission, esta iniciativa vem ao encontro de nosso objetivo final, ou seja, aumentar o fluxo turístico para a cidade, além de ser uma oportunidade de negócios para nossas empresas mantenedoras”, afirma, Paulo Senise, diretor executivo do Rio CVB.
Para se ter uma ideia de números, em 2011 a Rio Film Commission já apoiou a realização de mais de 60 produções audiovisuais na cidade.

A POPULAÇÃO DE NOVA FRIBURGO ESTÁ EM PÂNICO COM AS CHUVAS QUE COMEÇAM A DESABAR SOBRE A CIDADE AINDA DESTRUÍDA, PODENDO REPETIR-SE O DESASTRE QUE NÃO TEM NADA DE NATURAL. ENTENDA PORQUÊ.


A Praça do Suspiro no Centro antes da tragédia
Os governos Federal e Estadual deixaram a população p’ra lá e o prefeito embolsou o dinheiro das obras destinado à reconstrução da cidade

A mesma praça destruída pelo desastre cultural de Friburgo

(Um estudo e uma reflexão sobre o que ocorreu na Região Serrana Fluminense que deixou centenas de mortos e feridos e destruiu o patrimônio na maioria dos casos de gente que viu ir enxurrada a baixo o pouco que tinha - que decidi publicar no Blog. 
Arnaldo Moreira)

Este pode ser um cliché de tão repetido que já foi e é, mas a verdade é que a vida é feita de escolhas, e são essas escolhas que definem a vida de cada um, o modus vivendi dos grupos sociais e numa forma mais ampla das nações.

Dependendo das escolhas que fazem, as pessoas definem sua linha política, seu nível de honestidade, seriedade e honradez, são mais ou menos combativas ou permissivas, mais ou menos intelectualizadas, mais ou menos envolvidas com o meio que habitam.

É nesse âmbito que tramita o poder da mente e da maneira como é utilizada depende o comportamento de cada um.  A mente é o instrumento que o ser humano dispõe para decidir, viver de forma sustentável, inteligente e sem conflitos.

Só usando a mente as pessoas conseguem praticar ações éticas, escutar-se e não aceitar “sugestões” que as corroem mental e fisicamente, e que não são alimentadas por atitudes mentais e sim por vetores externos de alta potência sugestiva – consumismo, vaidades, ofertas, despertadores de desejos, ânsias, promessas de riquezas, de gozos fáceis, entre tantos outros.

A todo o instante somos induzidos a agir contra nossos desejos mentais de que só nos lembramos quando conseguimos nos interiorizar, mas que rapidamente a maioria de nós esquece tamanha a força dos que o professor Evandro Ouriques chama de culpados externos que nos incentivam a esquecer a nossa cultura nata para comprar os seus chamativos e irresistíveis produtos.

Quem em sã consciência, no pleno controle de sua mente, aceitaria respirar o gás carbônico das fábricas e dos automóveis, concordar construir – e nós mesmos as construímos – usinas nucleares, sabendo de antemão que podem explodir, liberar gases letais e causar estragos humanos incomensuráveis?

Afirmo que os poderosos – em torno de 50 conglomerados, de acordo com recente notícia publicada na Imprensa – que controlam o mundo usando a sua mais eficiente arma social, o capitalismo, qual sereia que com seus poderes mágicos encanta pescadores e quem não se precaveu contra tal canto, conseguem no mesmo passe de mágica direcionar e dirigir seus encantos dominando as mentes das massas através de uma perfeita rede sincronizada de ações globalizadas, subornando-as nos anúncios de belos carros, de espantosas moradias, de mulheres (e homens) atraentes, de ofertas de facilidades que não passam de um engodo hipócrita facilmente comercializado aproveitando-se da compulsão pelo consumo que eles mesmos, os donos das mentes, fomentaram nos out doors da ilusão.

É assim em todos os campos da sociedade que vivemos, de que participamos. E está presente na mulher que já tem em seu armário 1.845 sapatos, mas não resiste a aumentar seu “estoque” em mais alguns pares ao passar pela vitrine de uma iluminada loja.

A mesma compulsão, desejos no fundo semelhantes, levam milhares de seres humanos a adquirir apartamentos em determinada área de uma cidade já densamente ocupada e que é todos sabem não possui infraestrutura para tanta gente.

O número de edifícios cresce diante das ofertas de facilidades de toda a ordem que escondem o que deveria ser preocupação das autoridades que regem os serviços básicos: fornecimento de água e eletricidade, sistemas de esgotamento sanitário e os serviços viários.

O exemplo mais flagrante dessa desordem urbana é Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, um bairro em que predominava a habitação horizontal e que a ganância pelo lucro fácil verticalizou em menos de duas décadas de forma descontrolada, mas legalizada à custa de gordas propinas pagas pelos empreendedores aos servidores públicos envolvidos direta e indiretamente na liberação dos projetos, custos obviamente inseridos nos preços dos imóveis.

O custo dessa insanidade e da desonestidade e falta de ética, além das dificuldades primárias dos serviços públicos incapazes de atender a uma demanda dessa natureza, é o pago diariamente pelos moradores quando tentam entrar ou sair de casa: as artérias do bairro tomadas por um poluidor trânsito descomunal, incompatível com a sustentabilidade do bairro invadido, ficaram intransitáveis e quando chove um pouco mais se transformam em pântanos de excrementos, rios de lama da irresponsabilidade – e da ausência do uso da mente sustentável.

As pessoas no afã de se acomodar, de subir na vida, deixam-se hipnotizar pelo canto das sereias da mídia e embarcaram nessa nau sem atinar que navegarão no mar revolto da incapacidade pública e de sua própria inaptidão para se enxergar a nuvem negra que encobre um oceano de problemas, qual Triângulo das Bermudas em que passarão a navegar.

É assim também com a família que deseja viver em meio à natureza e “por coincidência” se depara com um belo anúncio muito bem marketado, atraentemente editado e diagramado oferecendo uma casa de campo incrustada em plena mata, longe do borburinho da cidade, mas perto de serviços urbanos que tornarão sua vida um mar de rosas, em Nova Friburgo.

E a família programa um sábado para conhecer seu recanto de recarga de baterias, para enfrentar o stress da cidade. É lindo o lugar, a casa na beira da encosta, confortável, espaçosa, envolvida pela natureza, pássaros cantando, o ladrar de um cão aqui e ali e o que mais admira a família o rio correndo ingênuo, mas ligeiro atrás do Lar Feliz, como passou a chamar-se. 
- Ah, que encanto, que alegria, que sorte ter achado essa casa. 
Negócio fechado e pé na estrada, rodando na felicidade da insustentabilidade.

A alegria pela aquisição do Lar Feliz é imensa e todos os fins de semana a família ruma para sua casa de Friburgo empoleirada na encosta rodeada de árvores, em meio a um belo campo gramado, verde, viçoso. A família depois de alguns meses já fez amigos entre a vizinhança, toda vivendo a felicidade que parece escorregar do alto do morro para suas vidas.

Em conversa com os amigos, a família descobre um dia que a casa que comprara fazia parte tempos antes de um loteamento vendido por um empreendedor que inicialmente teve problemas com a legalização das construções, junto aos órgãos ambientais oficiais, exatamente pela “necessidade do projeto” de construir na encosta do morro, mas logo surgiram laudos atestando a segurança das encostas e tudo foi resolvido, abafando as poucas vozes advertindo que os laudos de nada serviriam quando a natureza escorregasse encosta abaixo.

A montanhosa cidade de Nova Friburgo não era a única privilegiada pela ocupação imobiliária desordenada de um lado gerada pelas famílias de posses que adquiriam terrenos a preço de ouro e de outro o clientelismo e o paternalismo políticos inchando essas encostas com famílias pobres sem opções nenhumas de moradia além das oferecidas e/ou permitidas pelos políticos.

Nas épocas de chuvas, assim como Jacarepaguá, Friburgo, Teresópolis e Petrópolis passaram a sofrer os efeitos da ocupação imobiliária desordenada. Deslizamentos de terras que arrastavam barracos e casas menos seguras barranco abaixo, mas nada que chamasse tanto a atenção dos moradores descobrirem o perigo que os rondava, mas a cada período de chuvas as consequências eram mais graves, um verdadeiro alerta vermelho para um perigo eminente.

A família de Friburgo vezeira habitante de final de semana de sua casa também nunca atinou, nem tinha tempo para isso, para os deslizamentos que aconteciam em morros ao redor de sua casa. Era, no entanto, incapaz de gestar seus arranjos produtivos mentais e não descobrira que para continuar viva teria de lançar mão de sua mente sustentável.

Descobriu isso muito tarde, assim como todos os outros que não resistiram ao avanço implacável da natureza que no dia 10 e 11 de janeiro de 2011 respondeu à corrupção, à irresponsabilidade, à desordem urbana, ao descaso da forma mais cruel: desabou em meio a um temporal sobre a cidade, escorregou pelos morros levando tudo o que estava pela frente e com ela a família feliz do Lar Feliz que um dia esqueceu-se de que nem tudo o que luz é ouro.

O desastre logo denominado natural foi alvo do interesse da décima edição (em cinco anos) do Curso de Extensão de Jornalismo em Políticas Públicas e Sociais, oferecido pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e orientado pelo  professor Evandro Ouriques, que passaram a analisar o caso, como trabalho final do curso.

O que logo ficou claro foi o erro crasso na denominação da tragédia. O ocorrido em Friburgo não tem nada de natural. Foi um desastre cultural. Gerado pela cultura do insustentável, pela prevalência dos interesses pessoais sobre a natureza e o meio ambiente.

O tsunami que destruiu o Japão foi um desastre natural. O terremoto que arrasou o Haiti foi um desastre natural. A enxurrada que atingiu Nova Friburgo foi um desastre cultural provocado pela falta de cuidado com a natureza e o meio ambiente que nos cerca.

O permissivismo, omissão, inércia das pessoas diante das alterações culturais exercidas sobre a natureza – de um lado, feitas à sua (na verdade, à nossa) nossa revelia, e de outro com a devida permissão – em que ploriferam os princípios capitalistas tão naturalmente arraigados à nossa mente, tornando-a insustentável, e a força que isso exerce sobre nós, impede a nossa reação e faz com que consideremos natural tudo que nos é vendido pela mídia.

O canto da sereia do capitalismo é irresistível e temos de reconhecer que o capitalismo é extremamente idealista. Como diz o professor Evandro Ouriques, o idealismo do capitalismo é tão soberbo que não gosta, aliás, odeia a matéria: se gostasse, enfatiza o professor, amaria as pessoas, preservaria os recursos naturais.

Essa sábia sentença deixa claro que o capitalismo gosta é de controlar tudo o que gravita à sua volta e faz isso com uma maestria impecável, a ponto de esse controle formar uma rede eficiente e eficaz envolvendo seus obedientes usuários, que destrói os desejos libertários natos de cada um, distorcendo esses desejos libertários que passam a ser possuir um carro luxuoso, confortável, potente, ter uma casa localizada em área nobre, ricamente decorada, apesar de paga a peso de ouro e de nem sempre dentro de suas posses, sabe-se lá a que custo, para atender às vaidades sociais.

Mas um dia a natureza se levanta cansada de ser vilipendiada, atingida, arrasada e cobra caro, muito caro, todas as investidas que sofreu e numa enxurrada leva de roldão o Lar Feliz encosta a baixo com todo o recheio material e a família que um dia a adquiriu levada pelo anseio de possuir sem questionar seu território mental.

E assim é notícia anônima no mundo todo:

domingo, 18 de dezembro de 2011

A MAIORIA DO POVO PORTUGUÊS PASSANDO NECESSIDADE, O PAÍS À MÍNGUA E A RTP PAGANDO SALÁRIOS ALTÍSSIMOS

RECEBI ESTE ARQUIVO QUE POSTO NO BLOG DEPOIS DE PUBLICAR A ÚLTIMA MATÉRIA QUE DÁ CONTA DAS DIFICULDADES EM QUE VIVEM OS PORTUGUESES AFOGADOS NUMA CRISE ECONÔMICA JÁ COM GRAVES REPERCUSSÕES SOCIAIS. TRATA-SE DE UMA PUBLICAÇÃO DA REVISTA PORTUGUESA FOCUS SOBRE OS SALÁRIOS PAGOS NA RTP, TELEVISÃO ESTATAL, QUE SEGUNDO A REVISTA SEUS FUNCIONÁRIOS NÃO SENTIRAM AINDA O PESO DA CRISE, ENQUANTO OS DEMAIS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS JÁ TIVERAM, CORTES NOS SALÁRIOS, NÃO RECEBERÃO O 13° SALÁRIO E SUBSÍDIO DE FÉRIAS.

CLIQUE ABAIXO PARA CONFERIR:

https://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment?ui=2&ik=51b18ca103&view=att&th=1344dc37b62fc388&attid=0.1&disp=inline&realattid=9bc70f94aef226b1_0.1&safe=1&zw&saduie=AG9B_P8pt_ygHWMkoGJQctdEZWc2&sadet=1324181045228&sads=ALfv3EllAwCOIz4-TSpilV2mDlg

sábado, 17 de dezembro de 2011

MONSANTO, UMA VILA ABSOLUTAMENTE MEDIEVAL RESISTE AO TEMPO E À CIVILIZAÇÃO MODERNA

A gruta do restaurante Petiscos e Granitos, de Monsanto. Foto do meu compadre: Antônio Martins.

A localidade de Monsanto, situada a 258 km de Lisboa e a 176 km do Porto, é considerada a aldeia mais portuguesa de Portugal. Um lugar que conseguiu resistir à civilização moderna e que chega ao século XXI como uma pintura em relevo mantendo as características originais, absolutamente medievais.

Monsanto foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, em 1165, e doada à Ordem dos Templerários que construíram ali um castelo que sofreu vários ataques dos espanhóis, até que, em 1217, os templários reedificaram a fortaleza e, depois, as muralhas, em 1293.

O castelo sempre foi ocupado pelo exército português que rechaçou todos os ataques dos espanhóis que queriam a todo o custo tomar o castelo, pela sua localização estratégica. No século XIX uma explosão no paiol de munições do castelo, numa noite de Natal, destruiu parcialmente o castelo, de que hoje restam apenas duas torres.

Monsanto é uma cidade que não pode faltar na sua próxima viagem a Portugal. Veja porque clicando abaixo:

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=gmail&attid=0.1&thid=134209599a4dbc00&mt=application/vnd.ms-powerpoint&url=https://mail.google.com/mail/?ui%3D2%26ik%3D51b18ca103%26view%3Datt%26th%3D134209599a4dbc00%26attid%3D0.1%26disp%3Dsafe%26realattid%3D169dde250e3b1aa1_0.1%26zw&sig=AHIEtbT1etAkC8N9Go7jPKCDdomnIJutog


CONSÓRCIOS APRESENTAM PROPOSTAS PARA USINAS GARABI E PANAMBI


Os consórcios que pretendem concorrer para construir as usinas binacionais (Brasil-Argentina) Garabi e Panambi entregaram esta semana as propostas à Eletrobrás e à estatal argentina de energia elétrica Ebisa, que formaram a parceria entre os dois países.
O grupo que for escolhido como vencedor da licitação terá 21 meses para concluir os estudos de engenharia e os estudos ambientais do projeto. Após a aprovação dos estudos, haverá outra licitação para contratar as empresas responsáveis pela construção das usinas.
De acordo com o ministro do planejamento argentino, Julio de Vido, a obra vai demandar US$ 4,2 bilhões de investimentos, com prazo de cinco anos para a conclusão do empreendimento.
A capacidade instalada dos dois projetos será de 2.200 MW e está prevista a geração de 7.500 postos de trabalho diretos.
(Fonte: Petrobras)
ACIDENTE DA CHEVRON DEVE ENCARECER SEGUROS PARA OPERADORAS

O primeiro tremor foi o acidente da BP, em abril do ano passado, que fez com que o mercado de seguros e resseguros tivesse que arcar com US$ 1 bilhão de despesas, que podem chegar a US$ 3 bilhões dependendo do desenrolar da história. Agora o vazamento da Chevron, no Campo de Frade, pode ser mais um agravante para o aumento dos preços e do rigor na hora em que as operadoras forem renovar seus seguros. O coordenador da área de óleo e gás do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re), Carlos Vinicius Simonini, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou o que acha que deve acontecer no mercado.
O acidente da Chevron em Frade está gerando alguma conseqüência no mercado de seguros e resseguros?
Todo evento tem influência no mercado de seguros, mas neste caso especificamente acredito que teremos uma influência maior na percepção de risco para operações de áreas profundas do que uma grande perda financeira para o mercado. Acho que as mudanças serão, do ponto de vista do segurador, como estamos vendo as operações e os riscos envolvidos na atividade. A maior mudança que deve surgir, no entanto, é a regulamentação da atividade de óleo e gás no Brasil. A regulamentação para operações offshore está há mais de 10 anos sem sofrer mudanças significativas, tanto que as multas aplicáveis são baseadas em leis de 12 anos atrás. Sendo que já evoluímos muito nas atividades e nos riscos envolvidos na exploração até hoje. Acho até que somos um país de bastante sorte, já que tivemos um evento que poderá abrir os nossos olhos para possíveis desastres, sem ter de fato alcançado uma dimensão tão grande.
Novas regulamentações são positivas para o mercado de seguros?
Obviamente quaisquer regulamentações que induzam a utilização de melhores práticas são benéficas sob o ponto de vista do mercado segurador. No fundo sabemos que quando se tem um risco maior de pesar no bolso, as empresas tendem a tentar se enquadrar nas práticas demandadas.
As multas em caso de acidentes estão incluídas nos seguros?
Não. Multas são exclusões tácitas de todas as coberturas ligadas ao segmento. Em termos de seguro, o que pode ser atingido no evento em questão é uma cobertura específica para exploração e produção destinada a eventuais despesas extras do operador, advindo de descontroles de óleo e gás ou fluidos em um poço. Nestes casos o segurador arca com os gastos envolvidos em diversas frentes, desde a mobilização de embarcações, os procedimentos para controle do fluxo, eventualmente a poluição e até a perfuração de um novo poço.
O acidente de Frade deve influenciar no aumento de preços dos seguros para o setor?
Existe uma possibilidade de encarecimento, especialmente em alguns segmentos como despesas extras do operador e responsabilidade civil. O mercado não é somente movido por perdas financeiras, mas também pela percepção de risco. Este é mais um evento que aumenta essa percepção do quão complexas e arriscadas são operações em águas profundas. Isso nos mostra que eventos como o de Macondo, no Golfo do México, estão sujeitos a ocorrer também em território nacional.
Além do preço, o rigor na hora de fazer um seguro deve aumentar?
Todos os seguradores levam em consideração eventos ocorridos e práticas empregadas pelas empresas, além dos tipos de operação. Então sem dúvidas eventos como esse vão influenciar nas análises dos seguradores. E ao mesmo tempo isso pode gerar um aumento da demanda por seguros para suas atividades. Pode haver um efeito de aumentar a aversão a risco e, consequentemente, ao aumento da sua transferência, especialmente através da contratação de seguros.
Você disse que levam em conta as práticas empregadas pelas empresas. A Chevron pode ter que pagar mais caro por novos seguros em função das atitudes que tomou neste caso de Frade?
Dependendo do que for apurado nos eventos, é possível. Ainda existe muita incerteza com o que realmente ocorreu neste caso, de modo que só com o fim das investigações é que teremos as dimensões exatas do que realmente aconteceu.
Como é visto o seguro para a área de óleo e gás no Brasil?
É um dos segmentos mais específicos. No mundo inteiro há um número limitado de seguradores especialistas nessa área. É uma das áreas que melhor representam classicamente o que chamamos de “grandes riscos”, porque envolvem operações extremamente técnicas, altíssimos investimentos e, no caso de ocorrerem eventos inesperados, eles são vultosos. Falamos de operações de dois ou três bilhões de dólares, então essas operações precisam ser pulverizadas nos mercado de resseguros na maior parte do mundo.
É uma das áreas em que mais são procuradas as resseguradoras?
Sim. Por conta desses valores, as empresas buscam as resseguradoras para repassar parte dos riscos. Afinal, são riscos vultosos, com perfil de severidade, de um setor extremamente especializado. São típicos riscos que necessitam do mercado ressegurador.
A Petrobrás anunciou em outubro que talvez não renove as apólices. Como as seguradoras vêem isso?
Não acredito que ela não vá renovar. É uma companhia que sempre se mostrou muito equilibrada e balanceada em relação à transferência de risco. Pode haver uma mudança de estratégia, mas não acredito que vá descambar para nenhum dos dois lados. As empresas de petróleo têm suas próprias políticas de retenção e transferência de risco. A Petrobrás tenta mesclar, retendo uma parcela dos riscos e transferindo outras. Isso depende da aversão de risco de cada companhia. No caso dela, o perfil é o de uma companhia que confia bastante em sua operação e procura reter boa parcela do seu risco. Já a parcela repassada é diversificada. Ela contrata significativos programas tanto na área de exploração e produção quanto na área de refino.
Quanto a área de óleo e gás representa no valor total das apólices do IRB?
Hoje, a área de óleo e gás produz cerca de 10% do volume total de prêmios subscritos pelo IRB. Até setembro deste ano só o mercado de exploração e produção brasileiro movimentou mais de R$ 300 milhões em prêmios. Este total foi movimentado no mercado de seguro, e cerca de 85% é retransmitido para o resseguro facultativo, em que o IRB tem mais de 50% de market share do segmento. Isso já é a maior marca em toda a história dos seguros do setor no Brasil. Em termos de prêmio para o mercado segurador isso é um montante muito significativo. Para você ter uma idéia, a área de exploração emitiu no ano passado inteiro cerca de R$ 150 milhões em prêmios.
Qual foi o impacto gerado no mercado de seguros pelo acidente da BP no Golfo do México, em 2010?
No Golfo do México tinham cerca de US$ 3 bilhões de coberturas contratadas, sendo um terço relativo a danos físicos, como a própria unidade da Transocean, a remoção de destroços e a cobertura de despesas extras do operador, e dois terços em coberturas de responsabilidade civil, indenizações aos envolvidos e quaisquer reclamação de terceiros. Toda operação tem muitas empresas envolvidas que não são só companhias de petróleo que operam no campo. Tinham várias empresas, como a Transocean com a sonda, a Cameron, encarregada do Blow Out Preventer, conjunto de válvulas destinadas a fechar o poço em caso de descontrole, que não funcionou, tinha a Halliburton, responsável pela cimentação do poço, entre outras. As apólices de responsabilidade civil podem ser acionadas, mas os sinistros de responsabilidade civil geralmente são discutidos por anos até que se cheguem às conclusões. No entanto, a cobertura da sonda, da remoção de destroços e das despesas extras do operador, representou cerca de US$ 1 bilhão. Como a maioria dos grandes especialistas em seguros da área participam nos grandes programas, houve uma tendência de aumento de preço no mundo inteiro. O impacto no mercado de seguros só não foi maior porque a BP não contrata seguros no mercado, ela tem uma companhia cativa que assume todos os riscos das suas operações. Mas nos últimos dois anos, além de Macondo, tivemos alguns eventos severos no segmento. Então existe uma tendência geral de endurecimento do ciclo de subscrição, ou seja, quando os seguradores se tornam mais restritivos com os riscos aceitos e mais conservadores na taxação.
Há diferenças nos seguros para exploração no pré-sal?
Sem dúvida. Operações em águas profundas são bem mais complexas e, consequentemente, têm um risco maior e coberturas mais caras. Varia muito de operação para operação. Por exemplo, existem poços em águas profundas que custam até US$ 200 milhões a perfuração. Nestes casos, o custo da cobertura pode chegar a US$ 10 milhões. Depende das N variáveis envolvidas em cada operação. Hoje as resseguradoras analisam as complexidades da operação não se atendo à que camada do solo se está atingindo, mas sim levando em consideração todos os possíveis riscos envolvidos.
Existem casos em que as seguradoras não fazem a cobertura no setor de óleo e gás?
Tudo tem seu preço e sua estrutura. É uma área de perfil de risco de severidade e muito especializada, então pode ser que um determinado programa ou estrutura não seja integralizado no mercado, mas posso dizer que o mercado brasileiro tem conseguido prover soluções para todas as companhias.


(Fonte: site da Petrobras)